Investimento em imobiliário comercial pode chegar aos três mil milhões de euros em 2018

Destino para investir, morar, trabalhar, estudar ou visitar. Portugal continuará na mira dos investidores? Sem dúvida. 2017 foi um ano recorde, com o investimento em imobiliário comercial a atingir os 1,9 mil milhões de euros, mas os números, esses, vão seguir a passo acelerado
03 fev 2018 min de leitura

As estimativas “mais prudentes” da consultora JLL apontam para um crescimento na ordem dos 25% em 2018, o equivalente a 2,5 mil milhões, mas “ninguém ficará surpreendido se chegarmos ao fim do ano com um valor na ordem dos três mil milhões de euros”, ou seja, um crescimento de 50%.

A previsão foi avançada por Fernando Ferreira, responsável pela área de investimento da JLL, num encontro com jornalistas em Lisboa, para a apresentação do Market 360º –  o relatório semestral que a consultora elabora sobre as grandes tendências do mercado imobiliário. “Os investidores olham para Portugal com mais confiança”, disse o responsável. “Grandes investidores querem algo mais rentável e retiram dinheiro de outras aplicações para apostar no imobiliário”, acrescentou.

Mas as previsões para este ano não são tímidas. Esperam-se, pelo contrário, novos recordes, já que 2017 “deixou para 2018 um pipeline robusto que antevê mais um ano dinâmico”, nas palavras de Fernando Ferreira.

Estrangeiros responsáveis por 80% do investimento total

“Frenesim” poderia ser a palavra do ano, pelo menos de acordo com o diretor da JLL, Pedro Lencastre. “Todos os setores, sem exceção, revelaram performances excelentes e todos superaram as expectativas”, notou o responsável, que antevê “mais um ano de grande atividade”.

O investimento internacional está cada vez mais sólido e consolidado. Cerca de 80% do investimento, aliás, teve origem estrangeira, e dirigiu-se sobretudo ao retalho e aos escritórios. Ainda assim, “os portugueses estão a mostrar-se cada vez mais ativos”, de acordo com o estudo.

“O tema da bolha não se coloca”

A Head of Residential da JLL, Patrícia Barão, foi perentória: “Este é o momento do imobiliário, 2018 vai ser igualmente bom ou melhor”. Para a responsável da área de habitação é necessário desmistificar o tema da bolha imobiliária. “Este tema não se coloca, o mercado está sólido e os preços de Lisboa ainda estão muito abaixo daqueles que são praticados em outras cidades europeias”, comentou, antecipando um ano de maior consolidação entre a oferta e a procura, bem como um crescimento menos acentuado nos preços.

Patrícia Barão adiantou, ainda, que a “procura deixou de estar centrada nas zonas prime e passou a focar-se também em outras zonas da cidade”. A zona do Beato, o eixo Ribeirinho de Alcântara-Belém, bem como a Ajuda, Miraflores ou Carnaxide são alguns dos exemplos – e despertam o interesse de cada vez mais estrangeiros, “atraídos pelo estilo de vida que estas zonas menos centrais proporcionam”.

Fernando Vaz Costa, Head of Development da consultora, corroborou a ideia, acrescentando que “as cidades estão a crescer” e que “nem todos os investidores vêm à procura de fazer investimentos topo de gama”. “Os usos não-prime serão uma tendência”, adiantou. 

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